DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1612-12-20 pelo tabelião Pêro de Quintal.
ENCARGOS (ANUAIS): um ofício de três lições ofertado com um saco de trigo, um barril de vinho e um carneiro, mais três missas celebradas na igreja de São Sebastião, em Câmara de Lobos.
BENS VINCULADOS: serrados da Adega, do Espírito Santo e outro serradinho defronte da igreja de São Sebastião, os quais vincula em morgadio e deixa ao irmão António Correia Henriques. Anexa este morgadio ao de D. Filipa Bettencourt e à terça de D. Guiomar Correia.
SUCESSÃO: nomeia o irmão António Correia e filhos; não tendo descendentes o vínculo passaria ao herdeiro de seus pais.
OUTROS BENS VINCULADOS: terras na Quintã (Quinta Grande) que valiam perto de dois mil cruzados, deixadas ao irmão Francisco de Bettencourt, com encargo perpétuo de 500 réis anuais a Nossa Senhora dos Remédios da quinta «que esta na fazenda dos padres».
ADMINISTRADOR/PRESTADOR DE SERVIÇOS em 1795-10-29 (f. 21), data da primeira quitação: Manuel Joaquim Bettencourt Henriques.
ÚLTIMO ADMINISTRADOR: D. Maria de Melo Saldanha, viúva de António Ferreira Correia Henriques.
Outras informações do testamento (I vol., f. 2-8):
ENTERRAMENTO: convento de São Francisco, na sepultura da tia D. Maria Henriques, onde sua mãe D. Francisca Henriques está enterrada. Se falecer em Câmara de Lobos, seria enterrado em São Sebastião, em cova do pai.
LEGADOS: ao irmão António Correia deixa o guarda roupa e a caixa grande; a Joana, filha de seu primo D. Afonso Henriques, deixa 30.000 réis para um colar; a Luzia, que está em casa de sua mãe, deixa 10.000 réis que lhe devia; à ama Catarina de Chaves lega um colchão, travesseiro, dois lençóis e um cobertor; os demais móveis que tinha na cidade e em Câmara de Lobos (isto é, roupa e serviço de casa), deixa-os a Catarina Lopes, para sua filha e neta; ao moço “o Campanário” deixa 10.000 réis e um vestido; a Domingos Lopes dariam uma de suas espadas; os demais vestidos e armas dar-se-iam aos pobres.
PROPRIEDADES legadas ao irmão Francisco de Bettencourt: a Ladeira de Câmara de Lobos, o serrado do Pastel, a metade da Levada Nova e o engenho, com obrigação de pagar o que devia a Jacques Guilherme; o serrado da Torre, com sua água e “junceira”; a Ladeira do Caramanchão.
OUTRAS PROPRIEDADES: determina que se venda a Lourencinha pelo preço que herdou, e desse dinheiro dar-se-ia 25.000 RÉIS a Catarina Lopes.
TESTEMUNHAS: Gaspar de França de Andrade, tio do instituidor, que redigiu o testamento; Francisco de Bettencourt Henriques, seu irmão; António Gonçalves Florença; Gaspar Gonçalves, criado de António Correia Henriques; Manuel de Aguiar, morador em Câmara de Lobos; Sebastião Fernandes, criado de Gaspar de França; António Lopes Serrão, criado de Gaspar Correia Henriques.
Outras informações do processo:
I vol, f. 9-18 v.º - Escritura, datada de 1659-11-26, de sub-rogação, união, vinculação, trespasse de dois serrados sitos na “Fazenda d’Além” e de uma fazenda de vinhas denominada “Os Poios”, na Ribeira Brava, propriedades estas vinculadas ao morgadio de D. Filipa de Bettencourt, trocadas por umas propriedades no Serrado da Adega em Câmara de Lobos. Primeiro outorgante: João Bettencourt Henriques, filho de António Correia Henriques e marido de D. Antónia de Castelo Branco; segundo outorgante: capitão Pedro Gonçalves Brandão. Posse em 1659-[12]-02.
I vol., f. 51-53 – Carta precatória citatória passada pela administração do Concelho do Funchal para citação de António Ferreira Correia, casado, residente na cidade de Lisboa, na rua Nova de São Mamede, n.º 99, 1.º andar. 1869-12-19. Segue-se a citação, feita em 1870-01-15.
I vol, f. 59-61 – Carta precatória citatória para citação do mesmo António Ferreira Correia, dirigida ao administrador do concelho do Bairro Oriental do concelho de Lisboa, para cumprir a citação. 1874-05-27.
II vol.: Autos cíveis de execução de sentença, na f. 2-9, carta de sentença de 1874 emitida a favor do Hospital de São José e da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa contra António Ferreira Correia Henriques, residente em Lisboa, rua da Madalena, n. 128, 2.º andar.