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DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento feito pelo padre Rodrigo Afonso, vigário de São Gonçalo; aprovado em 1601-08-24 pelo tabelião Pêro Nogueira; aberto em 1604-05-07. ENCARGOS (ANUAIS): cinco missas nas sextas feira das Quaresma e outras cinco nas principais festas de Nossa Senhora. REDUÇÃO DE ENCARGOS: uma tomada de conta de 1841 (f. 102) refere que esta capela e as demais administradas por Rodrigo Barba Correia Alardo Pina têm de pensão 42$250 réis por ano, conforme se mostra nos autos de capela de Manuel da Grã (cota atual JRC, 146-1). BENS VINCULADOS: não consta. SUCESSÃO: nomeia sua herdeira universal a irmã Maria Ferreira, mulher do licenciado Manuel de Lemos. Suceder-lhe-ia a filha D. Maria e depois a filha desta, D. Antónia Ferreira. ADMINISTRADOR EM 1604-05-07, data da primeira quitação (f. 11): o testamenteiro Miguel Ferreira Ribeiro. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: António de Albuquerque de Amaral Cardoso e sua mulher D. Emília Augusta Barbosa de Alencastre e Barros. Outras informações do testamento (f. 4 a 9 v.º) IRMÃOS: Manuel da Grã, falecido; Maria Ferreira, mulher do licenciado Manuel de Lemos. OUTROS PARENTES: tem em sua casa uma «prima com irmã» chamada Bárbara Ferreira. LITERACIA: não redige mas assina o testamento. ENTERRAMENTO: Sé do Funchal, em sepultura do pai. ESCRAVOS: Catarina, escrava preta, a quem deu um chão situado «na boca da rua das Pretas», onde ela fez uma casa; liberta as escravas Maria e Francisca, filhas da dita escrava Catarina, deixando a Maria a sua cama e uma caixa. DÍVIDAS: decorrentes de uma plantação de canas que fez com Miguel Ferreira Ribeiro; decorrentes de outro serrado de canas que fez com Gonçalo Rodrigues de Canha. TESTEMUNHAS: João Fernandes, sapateiro; Gonçalo Álvares, alfaiate; António Ferreira, ferreiro; João Carvalho; Gaspar de Miranda, alfaiate; Luís da Costa, trabalhador, todos moradores na cidade do Funchal.
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1568-08-20 por Gaspar Gonçalves, tabelião de notas na cidade do Funchal ENCARGOS (ANUAIS): uma missa. REDUÇÃO DE ENCARGOS: uma tomada de conta de 1841 refere que esta capela e as demais administradas por Rodrigo Barba Correia Alardo Pina têm de pensão 42$250 réis por ano, conforme se mostra nos autos de capela de Manuel da Grã (cota atual JRC, 146-1). BENS VINCULADOS: não especificados nos autos. SUCESSÃO: nomeia o marido e seus herdeiros. ADMINISTRADOR EM 1594: Gonçalo Rodrigues de Canha, como procurador de Manuel de Lemos. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: António de Albuquerque de Amaral Cardoso e sua mulher D. Emília Augusta Barbosa de Alencastre e Barros. Outras informações do testamento (f. 2 v.º-5): ENTERRAMENTO: Sé do Funchal, em cova do pai. LITERACIA: não se menciona, porém, a testadora não redige ou assina o testamento. LEGADOS: ao Santíssimo Sacramento lega 1000 réis; a Nossa Senhora da Conceição deixa 500 réis e um saio de «crizeo; a São Tiago um pedaço de pano de grã para um frontal; uma calla de ouro para a sobrinha Mor Lourenço; um manto e um saio de sarja à filha mais velha de Francisco Correia; um manto velho, uma saia azul e 3000 réis à criada Catarina. TESTAMENTEIROS: a mãe e o marido Manuel de Lemos. TESTEMUNHAS: António Gonçalves Escórcio; Bento (…), criado de Francisco Lomelino; Fernão Martins, ferrador; Gonçalo Afonso faria, morador acima de Câmara de Lobos; Pedro de Valdavesso; Manuel de Barros; Outros documentos: F. 50 – Conta tomada à revelia de Richarte Jervis, mercador e morador no Funchal, por trazer a fazenda arrendada. 1650-02-05. F. 51 – Conta tomada a António Maciel da Fonseca, por ter trazido arrendada a fazenda desta capela. 1650-03-29.
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1601-08-26, pelo tabelião Domingos Ferreira, da vila de Santarém. Veja-se outro traslado do testamento, em melhor estado de conservação, cota atual JRC, 93-36, f. 15 v.º-21 v.º, feito em 1702-07-24. 1.º VÍNCULO: MOTIVOS DA FUNDAÇÃO: temor da hora da morte «por ser couza natural»; desejo de pôr as suas coisas «em ordem de salvação». ENCARGOS PERPÉTUOS (ANUAIS): doze missas rezadas à honra dos doze apóstolos na Sé do Funchal. REDUÇÃO DE ENCARGOS: uma tomada de conta de 1841 refere que esta capela e as demais administradas por Rodrigo Barba Correia Alardo Pina têm de pensão 42$250 réis por ano, conforme se mostra nos autos de capela de Manuel da Grã (cota atual JRC, 146-1). BENS VINCULADOS: todos os bens de raiz que possui na Ilha da Madeira, de modo que a sua terça estaria unida aos bens da terça e capela de seu pai, licenciado Diogo Luís de Lemos, com a condição do sucessor também mandar dizer as missas do pai. Caso na sua terça coubessem mais bens de raiz, então toma a Quinta de Nossa Senhora da Luz que dotara à filha. Os bens da sua terça e morgado nunca poderiam ser vendidos, nem doados, nem aforados, nem se poderia "aboticar" (hipotecar), ainda que seja para remir cativos, mesmo com licença régia e dos administradores. SUCESSÃO: nomeia a sua única filha D. Maria de Lemos, mulher de Máximo Pina Marrecos, mas ela só gozaria da terça após o falecimento da mulher do testador Maria Ferreira (isto se não casasse de novo «e assim vivendo com o estado de onesta e vertuoza veuva como dela espero havera ela minha mulher os rendimentos do meu terso em sua vida para que viva honradamente e possa ajudar a criar os seus netos porque a isso a rezam e amor natural e as leis a obrigam fazer» (JRC,93-36, f. 16 v.º). Por óbito da filha sucederia seu filho varão mais velho e seus descendentes, preferindo-se sempre o varão à fêmea em igual grau; na falta de descendentes passaria ao herdeiro mais chegado. CONDIÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO: os administradores deveriam ser católicos e ter o seu apelido de "Lemos", não o sendo sucederia o administrador seguinte em grau. ADMINISTRADOR EM 1684: Francisco Biart. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: António de Albuquerque de Amaral Cardoso Cardoso e sua mulher D. Emília Augusta Barbosa de Alencastre e Barros. 2.º VÍNCULO: «além da obrigação da Ilha» institui um vínculo num foro até cinco tostões cada ano, para missas onde seu corpo estivesse enterrado. Sucessão: a mesma do vínculo anterior. VÍNCULO DE SUA PRIMEIRA MULHER D. ANA TRAVASSOS: imposto no serrado da Pena, que deixou ao testador e herdeiros, com obrigação de uma missa anual; designa na sucessão a dita sua filha D. Maria de Lemos, do mesmo modo que os vínculos já mencionados. VÍNCULO DO PAI DIOGO LUÍS: para além da cláusula acima, o testador descreve os bens da terça e morgado do pai, a saber: três partes do serrado da Conceição com sua água; o serrado da Ribeira de João Gomes com uma hora de água da levada de Baixo; o lugar do Pico do cardo e o sítio da casa nova de dois sobrados. Refere ainda os encargos «que sam hua missa rezada cada somana que por eu lhe cazar hua filha natural duas vezes nam tenho obrigassam de mais» (JRC, 93-36, f. 17) Outras informações do testamento (f. 3 a 8; cf. outro traslado JRC, 93-36, f. 15 v.º-21 v.º, feito em 1702-07-24): FILIAÇÃO/CARGOS: filho do licenciado António Luís e de sua mulher Margarida Afonso; servia o cargo de provedor da comarca da vila de Santarém. CÔNJUGE: viúvo de D. Ana Travassos; casado segunda vez com Maria Ferreira, filha do bacharel João Rodrigues e de sua mulher Guiomar Ferreira (cf. reg. casamento PRQ, Lv.º 50, f. 77 v.º). TESTAMENTEIROS: a mulher Maria Ferreira e a filha. D. Maria de Lemos. ENTERRAMENTO: num mosteiro, havendo-o, ou em alguma igreja defronte do altar do Santíssimo Sacramento que a mulher ou seu testamenteiro ordenasse; na sepultura manda colocar uma campa com letreiro que mostre aí jazer seu corpo. DOTE DA FILHA: dote de 8 mil cruzados com cláusula dotal, as legítimas recairiam no dote, em bens de raiz situados no Reino e nas novidades dependentes e móveis que se achassem por falecimento do testador. PROPRIEDADES: refere a sua Quinta de Nossa Senhora da Luz. ESCRAVOS: Máximo, Úrsula e Juliana, a quem libertara por escritura feita em tabelião na vila de Ourém. LITERACIA: com instrução, redige o próprio testamento. TESTEMUNHAS: Agostinho Rebelo, escrivão da Provedoria da Comarca de Santarém; Jerónimo Fernandes, boticário; Luís Feio, carcereiro da prisão da dita vila; Dinis Afonso e Álvaro Álvares e Diogo Rodrigues, lavradores e moradores no lugar de Pontével, termo da vila de Santarém.
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento feito em 1556-11-04, aprovado em 1557-05-21 pelo tabelião Luís Lopes. ENCARGOS (ANUAIS): duas missas rezadas semanais na Sé do Funchal por sua alma, de sua mulher e filhos e de seus pais; mais uma missa cada ano em dia de Nossa Senhora da Conceição na Sé do Funchal enquanto alimentar e dotar como merecem os filhos bastardos, e sendo caso que em vida do testador ele case as filhas ou meta num convento, dar-se-ia 100 mi réis anuais para alimentos. As missas seriam ditas por um sacerdote de de boa vida e pobre, escolhido pelo administrador. REDUÇÃO DE ENCARGOS: um despacho do juiz do Resíduo, datado de 1726-03-28 (2.º vol., f. 91 v.º-92), refere que, por sentença da Relação, o encargo fora reduzido a uma missa semanal na Sé do Funchal. Em 1755, componenda de encargos pios (2.º vol., f. 111-116). No século XIX, esta capela e as demais administradas por Rodrigo Barba Correia Alardo Pina têm de pensão 42$250 réis por ano, conforme se mostra nos autos de capela de Manuel da Grã (cota atual JRC, 146-1). BENS VINCULADOS: serrado de vinha na Ribeira de João Gomes; a vinha que está junto do provedor que houve de João Rodrigues da Madalena; 3.500 réis de foro pago por Marçal Gonçalves; o remanescente da terça, tirando os legados de alimentos e dotes aos filhos. À conta da terça toma ainda umas casas defronte de onde mora, para os filhos naturais aí viverem com sua mãe e os escravos que lhes deixa. SUCESSÃO: nomeia o filho Manuel Afonso de Lemos e por seu falecimento o filho mais velho ou filha, não tendo filho; o morgado andaria sempre nos seus parentes mais chegados do testador, nos machos mais velhos. CONDIÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO: pede às justiças que provejam o seu testamento e saibam se cantam as missas como manda. ADMINISTRADOR EM 1591-05-15 (1.º vol., f. 10-11): Francisco Gonçalves Ribeiro, como procurador do licenciado Manuel de Lemos, viúvo de D. Ana Travassos. Em 1612 é administradora a segunda mulher, Maria Ferreira, moradora em Lisboa (1.º vol., f. 34). ADMINISTRADOR/PRESTADOR DE CONTAS em janeiro de 1653, data das quitações mais antigas (2.º vol., f. 7 e 18): capitão António Maciel da Fonseca, casado com D. Maria de Menezes. Uma informação assinada por “Tavares” em 1674-03-08 (2.º vol., f. 31), declara que o referido capitão tomou de arrendamento as propriedades dos Pinas [morgado Máximo de Pina Marreco], cuja posse tomou em 1652-02-08 até o ano de 1671; em 1672 «lhe arrematarão a fazenda pelos Auzentes ele a rematou por via de Felipe Gentil». ADMINISTRADOR/PRESTADOR DE CONTAS em 1706 (2.º vol., f. 44): António Vogado Souto Maior, mercador e morador na cidade do Funchal, como procurador e rendeiro dos bens de morgado de Nicolau de Pina Lemos e Marrecos. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: António de Albuquerque de Amaral Cardoso e sua mulher D. Emília Augusta Barbosa de Alencastre e Barros. Outras informações do testamento (vol. 1, f. 2 a 7): Revoga o testamento que havia feito com a mulher Margarida Afonso. ENTERRAMENTO: Sé do Funchal, onde tem sua sepultura e jazem sua mulher, mãe e filhos. MANCEBIA: recomenda muito Francisca Dias, que há cerca de catorze anos o serve muito bem e lealmente; lega-lhe 100 mil réis pagos do montemor de seus bens pois é dívida sua «posto que se diga que ela he minha manceba e esta comiguo e que lhe não posso fazer hua doação» (segue-se fundamentação jurídica em latim). Menciona que esta tinha duas filhas: Bárbara Nunes e Leonor Fernandes. FILHOS NATURAIS do testador e de Francisca Dias: Jerónima, Branca e Jerónimo, filhos de Francisca Dias, a quem deixa dois mil cruzados de sua terça, para se alimentarem (sendo 700 mil réis às duas filhas para seus casamento e alimentos e 100 mil réis para alimentos do filho). ESCRAVOS: Maria, que deixa à filha Branca; Pedro, que deixa ao filho Jerónimo e Vitória (ou Antónia?) à filha Jerónima; após as respetivas mortes ficariam forros. LITERACIA: o testamento é redigido pelo próprio testador, que se encontrava são e de perfeito juízo. TESTEMUNHAS: Pêro Nunes, cidadão; Mestre Domingos; Francisco Álvares, mercador; Pêro Vaz; Jorge [de Paiva] filho do tabelião Luís Lopes; António Gonçalves, almocreve, todos moradores na cidade do Funchal. Outros documentos: Contém inúmeras quitações, desde 1652 a 1869, das capelas de Manuel da Grã, Guiomar Ferreira, Antónia Ferreira, Ana Travassos, Diogo Luís e Dr. Manuel de Lemos. Porém, os autos de contas pertencem a Diogo Luís.
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento feito em 1580-01-30, aberto em 1581-10-30. Tabelião: António Lopes Libralião. ENCARGOS (ANUAIS): missa quotidiana com responso sobre sua sepultura. REDUÇÃO DE ENCARGOS: a sentença de redução (f. 5 a 7), emitida em 1602-07-23 pelo bispo D. Luís de Figueiredo, reduz a pensão desta capela a quatro missas semanais. A sentença de redução do Juiz do Resíduo, datada de 1800, (f. 380, parcialmente ilegível), reduz as pensões desta e das demais capelas administradas por Rodrigo Barba Correia Alardo Pina à pensão de pensão 42$250 réis por ano. SUCESSÃO: a irmã D. Antónia Ferreira, sua testamenteira; depois a irmã D. Maria Ferreira, mulher de Manuel de Lemos, e seus descendentes em linha reta. Seguiu-se a filha destes, D. Maria de Lemos, mulher de Máximo de Pina Marrecos, fidalgo. BENS VINCULADOS: lugar da Torrinha e o serrado da Carne Azeda, que serão objeto de uma avaliação em maio de 1610 (f. 93 v.º-94). ADMINISTRADOR EM 1593, data da primeira quitação (f. 36-37): a referida sua irmã D. Antónia Ferreira. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Rodrigo Barba Alardo de Alencastre. Outras informações do testamento (f. 33 a 35): LEGADOS: determina a venda de todos os seus vestidos e armas e o respetivo rendimento revertido para os pobres envergonhado. TESTEMUNHAS: Afonso Lourenço, mareante, homem baço, filho de António Lourenço; Manuel Luís, criado; outras que não possível determinar dado o mau estado de conservação. Vol. 1: Fl. 5 a 7 – Sentença de abaixamento de capela. 1602-07-23. Fl. 11 – Procuração passada por Manuel de Lemos, desembargador da Relação do Porto, passada a Diogo de Castro Pacheco, morador na cidade do Funchal, para reger uma liquidação dos bens dos cunhados Manuel da Grã e Antónia Ferreira, ambos falecidos. 1605. Fl. 13 e seguintes – Embargos interpostos pelo dito Manuel de Lemos, marido de Maria Ferreira. Fl. 21 a 25 v.º – Testamento de D. Antónia Ferreira. Herdeira: a irmã Maria Ferreira, mulher do licenciado Manuel de Lemos. F. 29 – Quitação de 1594-02-04. Fl. 33 a 35 – Testamento de Manuel da Grã. Fl. 39 a 57 – Inquirição de testemunhas. Entre outras, são inquiridas: Bárbara Ferreira, solteira; Catarina Ferreira, mulher preta forra; Jorge Ferreira Drumond, contador; Silvestre Gonçalves, lavrador; Pêro Gonçalves da Câmara, fidalgo da casa de Sua Majestade; Manuel de Amil, provedor dos Defuntos e Ausentes; Fernão Nunes e Francisco de Frias, cidadãos da cidade do Funchal. Pretende-se provar, entre outros factos: 1) que Manuel da Grã e D. Ana de Melo, filha do Dr. Manuel Carrilho e de D. Beatriz de Góis Pereira, fidalgos, tiveram uma filha natural Guiomar de Jesus, a qual foi colocada no convento de Santa Clara por sua tia Antónia Ferreira, tendo-lhe sido atribuído um dote; 2) que Manuel da Grã esteve preso e faleceu na cadeia, no decurso de querela interposta por D. Ana de Melo; 3) que D. Ana de Melo recebeu a quantia determinada na sentença. 1610. Fl. 58 a 67 – Carta de sentença do desembargador João Tristão a favor de D. Ana de Melo, onde se relatam os factos relacionados com a sua desonra (mau estado conservação). 1582. Fl. 67 – Quitação de D. Ana de Melo passada a Diogo Vaz da Corte, procurador de D. Antónia Ferreira, de como foi paga do valor da sentença (200.000 réis). 1583-04-17. F. 68 - Quitação de D. Ana de Melo de como recebeu de Antónia Ferreira os 50.000 réis que Manuel da Grã lhe deixara em seu testamento. Fl. 71 a 74 – Escritura de declaração, datada de 1588-01-07, celebrado entre Diogo Vaz da Corte, fidalgo e procurador de D. Antónia Ferreira, e as freiras de Santa Clara. Refere-se que a referida D. Antónia Ferreira prometera o dote de 400 mil réis à sobrinha Guiomar, já dera 200 mil réis. Fl. 75 a 83 – Carta de partilhas que o licenciado Manuel de Lemos fez com sua cunhada Antónia Ferreira, dos bens que ficaram por falecimento de Manuel da Grã. 1601-01-08. F. 84 a 90 – Inquirição de testemunhas de 1609. Testemunhas inquiridas: Bárbara Ferreira, solteira; Diogo Homem de Sousa, fidalgo e Gonçalo Rodrigues de Canha, inquiridor desta cidade. F. 93 v.º a 94 – Avaliação da fazenda que ficou de Manuel da Grã, que é o lugar da Torrinha e o serrado da Carne Azeda. Avaliadores: Fernão Nunes Furtado e Manuel de Viana. Maio de 1610. F. 104 a 107 – Instrumento de procuração de 1613-03-23. F. 108 - Posse de uma fazenda abaixo da igreja de Nossa Senhora do Monte, que fora de Manuel da Grã. Empossado: Jerónimo Pires do Canto, procurador. 1613-04-23. F. 147-187 – Contém quitações de 1628 e 1629. II vol., ca. de 68 f. não numeradas – Contém quitações e contas de 1628 a 1687. III vol., parcialmente numerado de f. 348 a 484: F. 329-330 v.º– Instrumento de arrendamento por 9 anos, feito em 1747-12-13, das propriedades do morgado Luís Barba Correia Alardo Pina. Arrendador: padre Inácio de Magalhães, da Companhia de Jesus, como procurador do dito morgado. Arrendatário: António Pinto e mulher Ana da Silva. F. 376 – Rendimento das capelas administradas por Rodrigo Barba Correia Alardo de Pina, referente aos anos de 1797 a 1799. F. 377 – Inquirição de testemunhas. 09-08-1800. Fl. 380 – Sentença do Juiz do Resíduo, emitida em 1800, de redução das pensões das capelas administradas pelo morgado a 42$250 réis. Parcialmente ilegível.
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1570-02-18. ENCARGOS (ANUAIS): sessenta missas (às sextas feiras e uma nas festas de Nossa Senhora). REDUÇÃO DE ENCARGOS: em 1755, breve de componenda de legados pios obtido pelo administrador Gonçalo Barba Alardo. Uma tomada de conta de 1841 refere que esta capela e as demais administradas por Rodrigo Barba Correia Alardo Pina têm de pensão 42$250 réis por ano, conforme se mostra nos autos de capela de Manuel da Grã (cota atual JRC, 146-1). BENS VINCULADOS: não especificados nos autos. SUCESSÃO: filho Manuel da Grã, sucedendo-lhe o filho varão primogénito. Na falta deste, o vínculo passaria para a linha de sucessão do filho varão de Maria Ferreira, filha da instituidora e irmã do aludido Manuel da Grã. ADMINISTRADOR/PRESTADOR DE CONTAS em 1593-07-06(?) (f. 6-7): sua filha Antónia Ferreira. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: António de Albuquerque de Amaral Cardoso e sua mulher D. Emília Augusta Barbosa de Alencastre e Barros. Outras informações do testamento (f. 1 a 5): ENTERRAMENTO: Sé do Funchal, em cova do marido. Filhos: Maria Ferreira; Manuel da Grã. IRMÃOS: Maria Rodrigues, a quem lega 10.000 réis. LITERACIA: não sabe ler e escrever. ESCRAVOS: Francisca e um menino seu filho; Catarina, que é de sua filha […] Ferreira. TESTEMUNHAS: Francisco Ferreira, que assinou a rogo da testadora, e Manuel da Grã, respetivamente primo e filho da instituidora; licenciado Diogo Lopes de Leão; Francisco Dias, mercador, morador na cidade do Funchal; Gonçalo Pires.
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1583-04-12 pelo tabelião Manuel Tavira de Cartas. ENCARGOS (ANUAIS): três missas. REDUÇÃO DE ENCARGOS: uma tomada de conta de 1841 refere que esta capela e as demais administradas por Rodrigo Barba Correia Alardo Pina têm de pensão 42$250 réis por ano, conforme se mostra nos autos de capela de Manuel da Grã (cota atual JRC, 146-1). SUCESSÃO: nomeia a mulher, depois o filho Manuel de Lemos, a quem descreve como «muito astusiosso», razão pela qual lhe deixou a sua fazenda de meias. BENS DA TERÇA: fazenda do Massapés, abaixo e defronte da igreja de Santa Luzia (f. 3). ADMINISTRADOR em 1612-08-21, data da primeira conta: sua sobrinha D. Maria de Lemos, filha do desembargador Manuel de Lemos (irmã do instituidor) e mulher de Máximo de Pina Marrecos, fidalgo da casa de Sua Majestade, morador em Lisboa. No mesmo ano (f. 6-7 v.º) decorre uma inquirição de testemunhas para atestar sobre a ascendência da referida D. Maria de Lemos e de como é a descendente viva mais próxima do instituidor. A sentença do juiz do Resíduo (f. 11-11 v.º), emitida em 1612-08-[…] julga pertencer-lhe a dita terça, autorizando a respetiva tomada de posse. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: António de Albuquerque de Amaral Cardoso e sua mulher D. Emília Augusta Barbosa de Alencastre e Barros. Outras informações do testamento (f. 8 a 11): ENTERRAMENTO: mosteiro de São Francisco. LITERACIA: com instrução, porém roga a Vicente Gonçalves que lhe fizesse o testamento e com ele assinasse. LEGADOS: a Jerónimo Afonso, marido da criada Maria Dias, deixa 5.100 réis; a Baltazar Gonçalves “o Judeu”, morador em Santo António, doa um cruzado quatrocentos. OFÍCIO: ao menino António que criou, de quatro anos de idade, deixa 10.000 réis em dinheiro, destinados a colocá-lo no ofício que quiser aprender; lega-lhe mais um pelote, uns […], umas botas e sombreiro. ESCRAVOS: o testador informa que do rendimento do lugar do Vale o filho comprou a escrava Catarina. TESTEMUNHAS: António Dias, criado de Gaspar Mendes de Vasconcelos; Roque Fernandes, mestre de açúcar; Vicente Gonçalves, filho de Francisco Gonçalves; Manuel de Ornelas; Dr. Constantim Paulo, todos moradores na cidade do Funchal. F. 6-7 v.º - Testemunhas inquiridas na inquirição acima referida: Manuel de Amil, provedor dos Defuntos e Ausentes desta ilha, 56 anos aproximadamente; Roque Ferreira Drumond, escrivão do Resíduo e Provedoria, 32 anos aproximadamente; Belchior Ferreira, morador na cidade do Funchal, 36 anos.