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DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento feito em 1633-07-04, sem aprovação, pois acabando de fazer o testamento “deu esta defunta a alma a Deus”. ENCARGOS (ANUAIS): uma missa em dia de Nossa Senhora do Rosário com esmola de meio tostão. REDUÇÃO DE ENCARGOS: por sentença de 1818-12-14 (f. 45-78), as capelas administradas pelo Visconde de Torre Bela são reduzidas à seguinte pensão: missa aos domingos e dias santos (90 missas) celebrada por um capelão por 100.000 réis anuais; três missas de Natal por 2.400 réis; obras da capela do Carmo do Funchal conforme determinado pelo instituidor Manuel Martins Brandão; a capela de D. Isabel Bettencourt é reduzida a duas tochas para a igreja de Câmara de Lobos e duas tochas para São Bernardino. BENS VINCULADOS: fazenda no Ribeiro do Vale, limite do lugar da Ribeira Brava. Numa tomada de conta ao capitão-cabo António Correia Bettencourt, realizada em 1733-01-27 (f. 33), refere-se que consta nestes autos (f. 13) que seu sogro Henrique Henriques de Noronha comprou a fazenda obrigada, sita no Ribeiro do Vale, freguesia da Ribeira Brava, a qual se acha incorporada no morgado instituído por Manuel Martins Brandão. SUCESSÃO: designa a irmã Maria da Conceição, mulher de Pêro Martins Pereira, sua herdeira e testamenteira. Suceder-lhe-ia um filho ou filha à sua escolha, não os tendo ficaria ao irmão Manuel de Amil. ADMINISTRADOR/ PRESTADOR DE CONTAS em 1639, data da primeira quitação: o cunhado Pedro Martins Pereira. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Visconde de Torre Bela. Outras informações do testamento de Helena de Amil (f. 25-27): ENTERRAMENTO: igreja de São Bento da Ribeira Brava, em sepultura de sua mãe e avô Manuel Riscado. TESTEMUNHAS: Manuel de Barros Bettencourt; João de Sousa; Pedro Martins; Diogo Ferreira Ribeiro; Maria Gonçalves; Inês Martins; Luzia Martins e Beatriz Nunes, todos moradores no limite do lugar da Ribeira Brava. Testamento de Maria da Conceição, mulher de Pedro Martins Pereira, aprovado em 1644-09-01 (f. 3-5): ENTERRAMENTO: igreja de São Bento da Ribeira Brava, em sepultura do avô Manuel Riscado. BENS VINCULADOS/SUCESSÃO: deixa a terça dos seus bens à filha Maria e seus filhos, não os tendo ficaria aos irmãos e descendentes. Na falta de geração, ficaria à Confraria de São Bento. TESTEMUNHAS: João de Sousa Coelho, juiz neste lugar; Bento Martins; Francisco Rodrigues; Pedro Gonçalves; Gaspar Gonçalves; Manuel Ferreira de São João, todos lavradores e moradores no Monte Gordo.
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento (f. 1-6) aprovado em 15[84]-01-[…]. ENCARGOS (ANUAIS): duas missas rezadas. REDUÇÃO DE ENCARGOS: Por sentença de 1818-12-14 (folhas não numeradas), as capelas administradas pelo Visconde de Torre Bela são reduzidas à seguinte pensão: missa aos domingos e dias santos (90 missas) celebrada por um capelão por 100.000 réis anuais; três missas de Natal por 2.400 réis; obras da capela do Carmo do Funchal conforme determinado pelo instituidor Manuel Martins Brandão; a capela de D. Isabel Bettencourt é reduzida a duas tochas para a igreja de Câmara de Lobos e duas tochas para São Bernardino. BENS VINCULADOS: metade das casas onde vivia o testador. Esta casa é identificada numa conta tomada em 165[…]-[11]-20 a Manuel de Castro, albardeiro, administrador por morte de Francisco do Canto de Almeida “por lhe deixar a caza da obrigassam desta capella no canto coando vam da rua dos Ferreiros pª a rua do Siminairo”. SUCESSÃO: deixa a aludida metade das casas a sua mulher e, por seu falecimento, a […] Gonçalves, filha de João Francisco, pedreiro. TESTEMUNHAS DO TESTAMENTO: Pêro Gonçalves, sapateiro, que assinou pelo testador; Manuel de Sousa, porteiro, António Gonçalves, ferrador, Diogo Fernandes, sapateiro. ADMINISTRADOR/ PRESTADOR DE CONTAS em 1694: Francisco Torres. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Visconde de Torre Bela.
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: não consta. Uma nota na folha de rosto refere que o testamento se encontra no tombo 3.º, f. 245. ENCARGOS (ANUAIS): cinco missas na igreja de Nossa Senhora da Luz da Ponta do Sol. REDUÇÃO DE ENCARGOS: por sentença de 1818-12-14 (f. 49-74), as capelas administradas pelo Visconde de Torre Bela são reduzidas à seguinte pensão: missa aos Domingos e dias santos (90 missas) celebrada por um capelão por 100.000 réis anuais; três missas de Natal por 2.400 réis; obras da capela do Carmo do Funchal conforme determinado pelo instituidor Manuel Martins Brandão; a capela de D. Isabel Bettencourt é reduzida a duas tochas para a igreja de Câmara de Lobos e duas tochas para São Bernardino. BENS VINCULADOS: na primeira tomada de conta (f. 1), o administrador João de Bettencourt identifica os bens desta capela, a saber: um foro pago pelo capitão Diogo Afonso de Aguiar de 10 tostões e uma galinha impostos nas terras onde chamam «as Ladeiras» na ribeira da Tabua; umas terras de pão e pomar na mesma ribeira; outro foro de duas galinhas pagas pelos herdeiros de Rui Vaz; um serrado e lugar de vinhas na vila da Ponta do Sol, que herdou de seu pai Pedro de Bettencourt como bens de morgado instituído pelo terceiro avô materno, Pedro de Brito. ADMINISTRADOR/ PRESTADOR DE CONTAS em 1675 (data da 1.ª quitação, f. 4): Pedro de Bettencourt. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Visconde de Torre Bela.
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1571-12-03 pelo tabelião António Garcia, tabelião público de notas e do judicial no lugar de Câmara de Lobos. ENCARGOS (ANUAIS): ofício de três lições e quinze tochas de cera amarela «muito bem feitas e de boa sera», pesando doze arratéis cada uma, doze para o convento de São Bernardino e três para a igreja de São Sebastião. REDUÇÃO DE ENCARGOS: por sentença de 1818-12-14 (f. 232-261) as capelas administradas pelo Visconde de Torre Bela são reduzidas à seguinte pensão: missa aos domingos e dias santos (90 missas) celebrada por um capelão por 100.000 réis anuais; três missas de Natal por 2.400 réis; obras da capela do Carmo do Funchal conforme determinado pelo instituidor Manuel Martins Brandão; a capela de D. Isabel Bettencourt é reduzida a duas tochas para a igreja de Câmara de Lobos e duas tochas para São Bernardino. BENS VINCULADOS: terça dos bens não referidos. SUCESSÃO: designa por herdeiro da terça o marido e, por seu falecimento, a filha D. Maria, seguindo-se o seu filho ou filha primogénita. Não tendo herdeiros, ficaria sucessivamente aos outros filhos Jorge Correia e João de Bettencourt, na linha direita do filho macho mais velho. ADMINISTRADOR/PRESTADOR DE CONTAS em 1594: o filho Jorge Correia. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Visconde de Torre Bela. Outras informações do testamento (f. 4 a 7): ENTERRAMENTO: igreja de São Sebastião de Câmara de Lobos. ESCRAVOS: liberta a escrava Catarina e as filhas desta, Margarida e Bárbara, na condição de servirem o senhor em sua vida; liberta a escrava Beatriz se esta der 30.000 réis «por si» e servir o seu senhor em sua vida. TESTEMUNHAS: Manuel Afonso Cortes, que assinou pela testadora; Gaspar Martins; António Rodrigues, ferrador; Amador Álvares, purgador de casa; Pedro Gonçalves, ferreiro; Pedro Álvares; André Lourenço e António Martins, todos carpinteiros e moradores na vila de Santa Cruz, ora estantes no lugar de Câmara de Lobos. Outros documentos: F. 19 – Notificação a Gaspar Lopes Cortes, na sua quinta acima do convento de São Bernardino, para entregar na cidade, no Juízo do Resíduo, de um dia para outro, sob pena de dez cruzados, os 38 alqueires de trigo do Sr. Jorge Correia Bettencourt. Em resposta, o ora citado diz que estava prestes para os entregar, mas não disponha de sacos nem bestas. Em 1597-08-18. F. 19 – Notificação a Jorge Vaz, por sua mulher Iria Gonçalves, para entrega de 42 alqueires de trigo do mesmo Jorge Correia Bettencourt. Em 1597-08-18. F. 20 v.º - Penhora de 80 alqueires de trigo entregues a […] Fernandes, criado de Gonçalo Borges, almocreve, para os entregar ao mercador Francisco Rodrigues Pupa. Penhora executada em 1597-08-23, em casa de Ana Ferreira, mulher de Belchior Gonçalves. F. 115 – 1597-03-2[5], rua dos Mercadores, nas pousadas e loja do mercador Francisco Rodrigues Pupa, confirma a medição do trigo penhorado por um alqueire afilado.
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1545-10-29, pelo tabelião Francisco Rodrigues; aberto em 1545-11-16. Trata-se de um traslado de 1798. ENCARGOS (ANUAIS): construir uma capela na igreja de São Brás “que he a capella que mando fazer aonde jaz meu pay e may (…), que custaria “ate cem mil reis”, ornamentá-la e celebrar uma missa diária pagas a trinta mil réis por ano. As quitações de missas referem que estas são celebradas na capela de Nossa Senhora da Consolação, sita no Arco da Calheta, fundada pela instituidora Isabel de Abreu, porém nunca se menciona que tal capela se encontra na igreja de São Brás. REDUÇÃO DE ENCARGOS: por sentença de abaixamento a favor de D. Francisco Henriques, sobrinho de D. Gonçalo Henriques, emitida em 1616-11-26 (f. 11-13), a pensão desta capela é reduzida a três missas semanais. O administrador alegara que ao tempo da instituição as terras vinculadas eram de canas e rendiam mais de 500 mil réis, enquanto que em 1616 estavam plantadas de vinha e «se deram de terso», não rendendo mais de 20.000 réis. Em 1733 o administrador António Correia Henriques obtém uma componenda de encargos pios (original em latim e tradução f. 122-124). Por sentença de 1818-12-14 (f. 178-211) as capelas administradas pelo Visconde de Torre Bela são reduzidas à seguinte pensão: missa aos domingos e dias santos (90 missas) celebrada por um capelão por 100.000 réis anuais; três missas de Natal por 2.400 réis; obras da capela do Carmo do Funchal conforme determinado pelo instituidor Manuel Martins Brandão; a capela de D. Isabel Bettencourt é reduzida a duas tochas para a igreja de Câmara de Lobos e uma tocha para São Bernardino. BENS VINCULADOS: terça imposta em bens de raiz não identificados. SUCESSÃO: como não tem filhos nem herdeiros forçosos, apenas irmãos, a instituidora designa a sua alma herdeira dos seus bens, ficando o marido por herdeiro do remanescente do que manda fazer; seguir-se-ia na administração o sobrinho D. Gonçalo Henriques, depois seu filho macho mais velho e daí em diante em linha direita masculina. ADMINISTRADOR/ PRESTADOR DE CONTAS em 1616 (data da primeira quitação): D. Francisco Henriques. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Visconde de Torre Bela. Outras informações do testamento (f. 2 a 10 v.º): ESCRAVOS: liberta a escrava Isabel e deixa-lhe 10.000 réis para ajuda de seu casamento; liberta Brito(?), escrava que criou, dando-lhe igualmente 10.000 réis para ajuda de seu casamento. JOIAS: um cordão de ouro no valor de 100.000 réis; seis manilhas de ouro; nove anéis com suas pedras; «dez» rubis de pedra. Determina que destas joias se paguem as missas. LEGADOS: 40.000 réis à órfã “Mendez”. Roga a Pêro Gonçalves que case com ela, oferecendo-lhe mais 40.000 réis; 20.000 réis a Maria para o seu casamento; 20.000 réis a Francisca; 10.000 réis a Antónia Rodrigues para ajuda do seu casamento; 10.000 réis e um vestido até 3.000 réis a Maria dos Reis; 100.000 réis à sobrinha Maria para ajuda de se “meter” freira. TESTEMUNHAS: António do Rego; Jerónimo de Abreu; Luís de Noronha; Diogo de Trosilho; Afonso Vaz; João Tavares. Outros documentos: Fl. 2 – Contém a seguinte nota: que em 28-11-1639 “derão estes autos de noute ao meo mulato a porta não quizerão dizer quem eram depois de ser tirada carta de excomunhão”. F. 22 – Quitação, datada de 1616-08-10, de Domingos […], de como recebeu de D. Francisco Henriques 5.000 réis de dourar e estofar Nossa Senhora da Consolação da sua capela do Arco.
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1587-[06]-01 pelo tabelião João Barreto Fraguedo. ENCARGOS (ANUAIS): catorze missas (sendo que dez das missas seriam da responsabilidade do sobrinho António Afonso, em sua vida, por herdar um lugar na Calheta, que após a sua morte seria incorporado na terça); 10$000 réis e dez alqueires de trigo em vida de Violante Dias, tia do testador; ainda vinte e cinco alqueires de trigo em vida de Joana Rodrigues, mulher do testador (dez alqueires pagos por João Rodrigues de Florença e quinze alqueires pagos pela mulher do alfaiate João Anes e por Sebastião Gonçalves). Uma quitação de 1592-07-20 (f. 5-6) acresce a esta última obrigação sete alqueires e meio de centeio. REDUÇÃO DE ENCARGOS: por sentença de 1818-12-14 (f.55-83,) as capelas administradas pelo Visconde de Torre Bela são reduzidas à seguinte pensão: missa aos domingos e dias santos (90 missas) celebrada por um capelão por 100.000 réis anuais; três missas de Natal por 2.400 réis; obras da capela do Carmo do Funchal conforme determinado pelo instituidor Manuel Martins Brandão; a capela de D. Isabel Bettencourt é reduzida a duas tochas para a igreja de Câmara de Lobos e duas tochas para São Bernardino. BENS VINCULADOS: vários foros que lhe pagam e o remanescente da terça “toma” na ribeira de Santa Luzia. À terça juntar-se-ia um lugar na Calheta que deixou ao sobrinho António Afonso, apenas em sua vida, com o encargo das dez missas. SUCESSÃO: designa o filho João Gonçalves de Abreu. Em 1614 (f. 25) já é administrador Pêro de Florença, seu herdeiro. PRIMEIRO ADMINISTRADOR: o filho João Gonçalves de Abreu. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Visconde de Torre Bela. Outras informações do testamento (f. 1 a 3 v.º): Morada do testador: quinta abaixo da igreja de Nossa Senhora do Monte. ENTERRAMENTO: igreja do Espírito Santo da Calheta ou mosteiro de São Francisco, se falecer no Funchal, e “não fiser mar pera me llevarem”. ESCRAVOS: os escravos que tem de Violante de Florença deixa aos filhos «porque são seus». LEGADOS: a João Gonçalves 40.000 réis e a sua irmã Isabel Dias 10.000 réis e a Leonor Fernandes 20.000 réis; às irmãs do testador deixa 20.000 réis. TESTEMUNHAS: Gaspar Fernandes Preto, morador no Campanário; João Afonso, caldeireiro de melar; Pêro Gonçalves, hortelão; João Simão, guarda da ribeira; Diogo Al[…], trabalhador; Domingos Jorge; Bento Gonçalves, todos moradores nesta cidade. Outros documentos: F. 12 – Certidão extraída do livro de defuntos da Calheta, de como Mecia Afonso, tia do vigário António Afonso, faleceu em 1590-05-30. F. 48 v.º-49 – Auto de reforma de contas desta capela, datado de 1708-06-06, onde se alude somente ao encargo de 10 missas anuais. Porém, na sentença de redução acima mencionada, diz-se que a pensão desta capela é de catorze missas em cada ano.
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: escritura de dote celebrada em 1688-11-24. O instituidor e sua mulher dotam as terças dos seus bens e seis mil cruzados em dinheiro, ouro, prata e aljofre a sua filha Inácia de Castelo Branco e seu noivo João de Bettencourt Henriques. ENCARGOS (ANUAIS): de cada uma das terças reservam duzentos mil réis para suas almas e a obrigação duas missas anuais. Nos presentes autos não se prestam contas dos encargos da capela da dotadora, como se confirma numa nota inscrita na folha de rosto: «A parte de D. Izabel de Castelo Branco não ouve athe ao prezente couza alguma que toque a 3.ª». BENS VINCULADOS: bens da terça identificados no documento “Pagamento da terça do defunto” (f. 4-5), sendo demarcados 356.745 réis nas terras denominadas “As Nogueiras”, avaliadas em 446.676 réis. A totalidade da terça do defunto ascendia a 1.182.176,50 réis. SUCESSÃO: herdaria em primeiro lugar o cônjuge sobrevivo e só depois os dotados acima referidos. Suceder-lhes-ia o filho primogénito do aludido matrimónio, não havendo, a filha mais velha, sempre na linha direita dos dotados. ADMINISTRADOR/PRESTADOR DE CONTAS em 1629, data da primeira quitação (f. 6): morgado António Correia Henriques. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Visconde de Torre Bela. Outras informações do instrumento de dote (f. 2-4): TESTEMUNHAS: capitão Zenóbio Acciaiolly de Vasconcelos; João de Bettencourt Henriques; António Correia Henriques; Inácio de Bettencourt, sargento mor; assinou pela mãe o filho, padre Manuel da Câmara Leme. TABELIÃO: Manuel Escórcio de Mendonça.
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1546-11-27 pelo tabelião da vila da Calheta, Francisco Rodrigues. ENCARGOS (ANUAIS): duas missas. Manda construir na sua capela de Nossa Senhora da Conceição (Serra d'Água, Calheta) uma sacristia forrada de bordo e doa uma cruz de prata, do peso da de São Brás do Arco, e um turíbulo de prata pequeno. Estas peças seriam entregues ao filho Pero Gonçalves e seus sucessores, enquanto administradores da referida capela. Em 1745 ainda se celebram missas nesta capela (quitação f. 53), porém, numa quitação de 1754-03-25 (f. 54), as missas são celebradas noutro templo, visto «se não dis missa por imca[…] donde se ouverão de dizer se não fora a tal incapacidade». REDUÇÃO DE ENCARGOS: por sentença de 1818-12-14 (f. 66-94) as capelas administradas pelo Visconde de Torre Bela são reduzidas à seguinte pensão: missa aos Domingos e dias santos (90 missas) celebrada por um capelão por 100.000 réis anuais; três missas de Natal por 2.400 réis; obras da capela do Carmo do Funchal conforme determinado pelo instituidor Manuel Martins Brandão; a capela de D. Isabel Bettencourt é reduzida a duas tochas para o igreja de Câmara de Lobos e uma tocha para São Bernardino. BENS VINCULADOS: da terça dos bens destaca uma latada na Fajã do Arco, sendo que o remanescente da terça, cumprido tudo o determinado, seria repartido entre os filhos que não «tiveram parte na minha terça». Um despacho do juiz do Resíduo, datado de 1616-01-08 (f. 28 v.º) ordena a notificação de António Correia Henriques, a fim de satisfazer os 2400 réis em dívida do seu antecessor D. Gonçalo Henriques. Em resposta, na notificação efetuada em 1623-09-04 (f. 29), este informa que não tinha obrigação desta capela porquanto a fazenda em questão era foreira às freiras da Esperança da cidade de Lisboa. Consequentemente, o procurador do Resíduo interpõe embargos contra o administrador António Correia Henriques. Embargos estes dados por não provados pelo despacho do desembargador Ambrósio de Sequeira, publicado em 1636-12-20 (f. 36). SUCESSÃO: nomeia a filha D. Ana, sucedendo-lhe o seu filho ou filha que ela designasse e, daí em diante, herdaria o filho varão primogénito, na linha de geração da instituidora. PRIMEIROS ADMINISTRADORES: a filha D. Ana, depois D. Afonso Henrique, seguindo-se D. Gonçalo Henriques até 1607. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Visconde de Torre Bela. Outras informações do testamento (f. 3 v.º a 10): FILHOS DA TESTADORA: Pêro Gonçalves de Andrade, Luís Gonçalves, Fernão Dias, Gonçalo Fernandes, Rui Gonçalves, Margarida Gonçalves, D. Leonor, D. Ana, freira Beatriz da Encarnação, Maria dos Anjos «que he prodiga», seu pai em testamento determinou que a colocassem no mosteiro e lhe dessem mil cruzados em bens de raiz, o que a testadora fez posteriormente. DOTES: ao genro Bartolomeu de França e filha Margarida Gonçalves prometeu em dote 3.000 cruzados e 50.000 réis em vestidos; ao genro Cristóvão Correia e filha D. Leonor prometeu em dote 4.000 cruzados; à filha Beatriz da Encarnação, quando entrou no mosteiro, seu pai doou mil cruzados e outras coisas, manda que de sua terça lhe deem vinte cruzados anuais. ENTERRAMENTO: igreja de Nossa Senhora da Conceição, Serra d’Água, Calheta, com seu marido Gonçalo Fernandes. ESCRAVOS: escravo Manuel; liberta uma escrava cujo nome não é possível identificar dado o mau estado do testamento; LEGADOS: 5000 réis a uma filha de Diogo Fernandes e de Inês de Florença. 10.000 réis ao criado Diogo Fernandes; a Brás Fernandes 4.000 réis por serviços prestados; 10.000 reís a Constança que a serviu e ora serve a D. Leonor; 5000 réis à filha de Rodrigo Álvares para ajuda de seu casamento; deixa 10.000 réis a Margarida Álvares, caso esta casasse e fizesse vida com Miguel de Gouveia. TESTAMENTEIROS: filha D. Ana, irmão Manuel Dias e o cunhado Francisco Fernandes. TESTEMUNHAS: Manuel Dias de Andrade; Manuel Carvalho; Pêro Gonçalves de Andrade, Luís Gonçalves, Fernão Dias e Gonçalo Fernandes, filhos da testadora; Manuel de Gouveia, seu criado
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: não consta. O testamento foi aprovado em 1670-12-10, segundo nota marginal inscrita na f. 2 do processo. ENCARGOS (ANUAIS): missas de Domingos e dias santos na capela de Nossa Senhora da Boa Hora, Câmara de Lobos. REDUÇÃO DE ENCARGOS: por sentença de 1818-12-14 (f. 88-116), as capelas administradas pelo Visconde de Torre Bela são reduzidas à seguinte pensão: missa aos Domingos e dias santos (90 missas) celebrada por um capelão por 100.000 réis anuais; três missas de Natal por 2.400 réis; obras da capela do Carmo do Funchal conforme determinado pelo instituidor Manuel Martins Brandão; a capela de D. Isabel Bettencourt é reduzida a duas tochas para a igreja de Câmara de Lobos e uma tocha para São Bernardino. BENS VINCULADOS: courela de vinhas na Quinta da Torre, Câmara de Lobos (f. 2 v.º). ADMINISTRADOR/ PRESTADOR DE CONTAS em 1713, data da primeira quitação (f. 3): João de Bettencourt Henriques. O primeiro auto de contas data de 1723, tendo o capitão António Correia Henriques feito denúncia «por não se acharem neste Residuo os autos». ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Visconde de Torre Bela. Outras informações do processo: F. 41 v.º-45 – Auto, datado de 1748-04-29, de vistoria e avaliação das casas da Quinta da Torre e da ermida de Nossa Senhora da Boa Hora, arruinadas em consequência do terramoto de 1 de abril de 1748. Na petição (f. 38) que antecede a vistoria, o proprietário António Correia Bettencourt Henriques, diz possuir no sítio da Torre uma fazenda com «huas cazas grandes e nobres e outras adjuntas adegas e lagares e huma ermida de Nossa Senhora da Boa Hora e toudas com o terremoto grande que houve no dia primeiro deste mês se arruynaram e vierão ao chão». Da avaliação consta «se achou e vio que a porta da mesma irmida se achava toda arruinada com as ombreiras fora do seu lugar e as paredes todas rachadas com grandes fendas e parte delas caídas e a parte detras do altar dela cahio huma grande parte em tal forma que declararão os ditos mestres hera preciso fazersse de novo e soo o teto he que se podia aproveitar e servir por se achar capaz (…)». A sentença posterior do juiz do Resíduo, emitida em 1748-05-11 (f. 45 v.º), determina que ficam pertencendo ao morgadio apenas a quantia de 1.222$100 réis correspondentes à avaliação das casas arruinadas, o demais após a edificação ficaria para o suplicante como bens livres e disponíveis. F. 85 – Informação do procurador do Resíduo, s.d., requer a notificação do administrador a fim de cumprir os onze anos de pensões em atraso ou colocar em juízo o correspondente valor de 308$000 réis, bem como mostrar o título de instituição desta capela. Requer, ainda, que se proceda à vistoria da ermida «que se acha quasi abatida e reduzida ao mais deplorável estado, para se ver o que necessita e se fazer reedeficar». Segue-se despacho concordante do juiz do Resíduo, de 1793-09-05, porém sem seguimento, uma vez que, face à apresentação de uma componenda, a pensão desta capela ficou satisfeita (f. 85 v.º).
DOCUMENTO/DATA DE INSTITUIÇÃO: testamento aprovado em 1572-11-01. Tabelião: António Garcia. ENCARGOS (ANUAIS): duas missas semanais na igreja de São Sebastião de Câmara de Lobos. REDUÇÃO DE ENCARGOS: por sentença de 1818-12-14 (f. 220-251), as capelas administradas pelo Visconde de Torre Bela são reduzidas à seguinte pensão: missa aos Domingos e dias santos (90 missas) celebrada por um capelão por 100.000 réis anuais; três missas de Natal por 2.400 réis; obras da capela do Carmo do Funchal conforme determinado pelo instituidor Manuel Martins Brandão; a capela de D. Isabel Bettencourt é reduzida a duas tochas para o igreja de Câmara de Lobos e uma tocha para São Bernardino. BENS VINCULADOS: impõe a terça dos bens na casa sita acima de sua horta, que fora de Afonso Rodrigues, moleiro. Existe um auto, datado de 1746-02-03, (f. 197-201) de avaliação das três casas e do engenho do morgadio de António Correia Bettencourt Henriques, sito na Ribeira de Câmara de Lobos. Na petição que antecede as medições, António Correia Bettencourt Henriques refere que no seu morgadio havia uma casa nobre com seu engenho «da qual desmanchou o suplicante tres como tambem o mesmo engenho». As casas e o engenho, em ruínas, foram avaliados, respetivamente, em 679.850 e 1.082.908 réis. Avaliação feita pelo mestre pedreiro, Pedro Fernandes Pimenta, e pelo mestre carpinteiro, João Martins de Abreu. Dado o mau estado dos bens e a dívida de 1.874.090 réis do administrador, capitão-cabo António Correia Bettencourt Henriques, o juiz do Resíduo, por sentença de 1746-02-14 (f. 204), aprova a imposição da capela em parte de duas fazendas do Pedregal, Câmara de Lobos, sendo uma delas pertença da terça de seu avô Pedro de Bettencourt Henriques. SUCESSÃO: nomeia a filha D. Maria, mulher de Aires de Ornelas, sucedendo-lhe o filho ou filha primogénito. Não tendo filhos, herdaria o filho mais velho do instituidor. ADMINISTRADOR EM 1594: o filho Jorge Correia, que herdou por falecimento de sua irmã Maria Correia, mulher de Aires de Ornelas. ÚLTIMO ADMINISTRADOR: Visconde de Torre Bela. Outras informações do testamento (f. 2 a 6): FILHAS: o testador determina que, enquanto as filhas fossem solteiras, deveriam viver na sua casa, descrevendo as quatro câmaras que deveriam ocupar. ESCRAVOS: liberta os escravos Francisco Lopes (a quem fez uma escritura de alforria de liberdade), Filipe Gonçalves, Henrique Gonçalves e Lucas Dias; liberta também Manuel e sua mãe Luísa; quanto à escrava Beatriz, reduz para 15.000 réis a obrigação de 30.000 réis a que tinha ficado sujeita no testamento de sua senhora, para ser livre. Forra o escravo Luís Pires na condição de servir dois anos. Não liberta o escravo António pelo que fez «em dar a entelada» a Manuel. Esclarece que a escrava […]cia e seu filho Sebastião e outro pequeno, pertencem a sua filha D. Guiomar, por procederem da escrava Helena, que sua avó lha deu. LEGADOS: dá 10.000 réis a cada uma das filhas de Catarina, Bárbara e Margarida; à Guerreira cede uma casa sita no Beco de João Saraiva(?), para ela viver durante a sua vida, somente com a obrigação de varrer semanalmente a capela do pai que está em Santa Maria do Calhau; dá uma cama de roupa para se agasalhar e um vestido com tudo o necessário ao escravo Francisco Lopes, que liberta. CONTAS: com Gabriel Toiro, morador na cidade de Lisboa; manda que paguem aos herdeiros do primo Diogo Lopes, moradores em Lisboa, 50.000 réis de uma encomenda. OUTROS BENS VINCULADOS: deixa por administrador da capela de seu pai o filho Cristóvão Correia, recomendando-lhe que «fasa muito bem porque em meu tempo fui tres veses roubado», não querendo o encargo ficaria aos mordomos de Nossa Senhora do Calhau. ENTERRAMENTO: capela de São Sebastião, onde tem a sua sepultura. TESTEMUNHAS: Manuel Afonso Cortes, que fez o testamento; Francisco Lopes, seu criado; Amador Álvares; Sebastião Afonso; Gaspar Salvado, todos moradores em Câmara de Lobos, em casa do testador António Correia.