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Nasceu em Lisboa em 24 de novembro de 1869 e formou-se na carreira militar. Liderou o golpe de 28 de Maio de 1926, ocupando o cargo de presidente da República entre os anos de 1926 e inícios de 1951, onde desempenhou um papel fundamental na institucionalização do Estado Novo. Faleceu em Lisboa, a 18 de abril de 1951. No plano da sua atuação governativa como chefe de Estado, Carmona esteve no Funchal a 13 de julho de 1938, na sequência da visita realizada às colónias africanas, tendo o programa de receção decorrido da seguinte forma: Durante a manhã - Desembarque no cais do Funchal e respetivos cumprimentos das entidades oficiais, militares, religiosas e consulares. Revista às forças militares e cerimónia de receção da chave da cidade, oferecida pelo Dr. Fernão Ornelas, presidente da Câmara Municipal do Funchal, no arco triunfal montado no cais. Deslocação, em cortejo a pé, até ao edifício da Câmara Municipal do Funchal, no percurso previamente definido: avenida Gonçalves Zarco, avenida Arriaga (lado sul), largo da Sé, rua de João Tavira e largo do Colégio. Ação solene decorreu no Salão Nobre da Câmara Municipal fazendo a guarda de honra, à entrada, a Mocidade Portuguesa. Após a sessão solene, saída em cortejo automóvel em direção ao palácio de São Lourenço, pelo seguinte trajeto: rua dos Ferreiros, largo do Chafariz, rua do Aljube, largo da Sé, avenida Arriaga (lado norte), e avenida Gonçalves Zarco; depois, almoço no mesmo palácio. Durante a tarde - Visita, em cortejo automóvel, ao Monte. Ida desde o parque Leite Monteiro até ao Monte Palace Hotel e regresso ao Funchal em carro de cesto. Passeio, em automóvel, ao pico dos Barcelos e a Câmara de Lobos; depois, festa de homenagem ao presidente da República nos jardins da Quinta Vigia acompanhada da atuação do grupo folclórico e embarque no cais do Funchal às 19 horas da tarde. Além de ser o primeiro presidente da República durante vigência do Estado Novo, foi também elevado ao cargo de marechal do exército português.
A 22 de março de 1921 amarou na baía do Funchal o hidroavião "Felixtowe F.3", da Aviação Naval Portuguesa, que efetuava a primeira travessia aérea entre Lisboa e o Funchal. O hidroavião foi comandado pelo capitão-tenente Artur de Sacadura Freire Cabral (1881.04.23 - 1924.11.15), pelo capitão-de-mar e guerra Carlos Viegas Gago Coutinho (1869.11.17 - 1959.02.18), como observador, e mais 2 tripulantes, nomeadamente o mecânico-chefe do Centro de Aviação Marítima, Roger Soubiran (1894-1979.12.18) e como segundo piloto o primeiro-tenente Manuel Ortins Bettencourt (1892.07.12 - 1969.07.08). Durante a sua permanência na Madeira foram-lhe prestadas diversas homenagens. No dia 28 de março, por sua vez, os aviadores deram dois passeios: um sobrevoando a costa sul até o Paul do Mar e, o outro, sobre a baía do Funchal, tendo levado à bordo alguns dos convidados. No mesmo dia foi lançada a primeira pedra do monumento que iria perpetuar este efeito histórico da primeira travessia aérea Lisboa-Funchal, o qual foi inaugurado em 1923. Quando do seu regresso a Lisboa, previsto para 6 de abril, passaram pela ilha do Porto Santo, onde fizeram algumas passagens aéreas sobre a ilha.
Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens foram militares e exploradores. Em 1884 iniciaram a travessia do continente africano entre Angola e Moçambique, que terminaram em 1885. De regresso a Lisboa, estiveram de passagem no Funchal, no vapor "Cabo Verde". Foram recebidos com honras e em clima de festa. Depois do desembarque, dirigiram-se à Sé do Funchal, encaminhando-se, seguidamente, para o palácio de São Lourenço, onde decorreu a sessão de boas vindas. Nesse dia, decorreu um jantar no "Clube Funchalense". Após o jantar, visitaram a Associação Comercial, retornando ao "Clube Funchalense" para o baile em sua honra.
Francisco Higino Craveiro Lopes nasceu em Lisboa, a 12 abril de 1894 e faleceu a 2 setembro de 1964. Filho do general João Carlos Craveiro Lopes e de Júlia Clotilde Cristiano Craveiro Lopes, cresceu numa família de tradição militar. Após frequentar o Colégio Militar e a Escola do Exército começou por cumprir serviço no Norte de Moçambique, durante a Primeira Grande Guerra, 1917 e 1918, entrando em confronto com forças alemães, pelo que veio a ser condecorado com a Torre-e-Espada. Regressado a Portugal tirou o curso de piloto militar em França, prestando novamente serviço em Moçambique e na Índia. Como tenente-coronel, em 1938, comandou a Base Aérea de Tancos e, em 1941, dirigiu as negociações com os norte-americanos para a cedência das instalações das Lajes, nos Açores, passando a comandante daquela base aérea. Entre 1944 e 1950 foi comandante-geral da Mocidade Portuguesa, sendo indicado pela União Nacional para suceder ao marechal Carmona, falecido a 18 abril de 1951. A 21 de julho de 1951 foi eleito para a Presidência da República, tendo terminado o seu mandato em julho de 1958. Visitou a Madeira entre 30 de maio a 2 de junho de 1955, onde foi recebido com apoteose pela população e pelas entidades oficiais. De acordo com o programa oficial da visita, no dia da sua chegada, esteve na receção de cumprimentos na Câmara Municipal, depois foi à Sé, onde assistiu a um Te-Deum, e finalmente deslocou-se ao palácio de São Lourenço, tendo o governador civil oferecido um banquete. No segundo dia, a 31 de maio, visitou a zona oeste da ilha e no dia seguinte, a 1 de junho, foi conhecer a zona leste da ilha, tendo inaugurado o abastecimento de água às freguesias de Porto da Cruz, Machico e Santa Cruz e também inaugurado a luz elétrica nesses locais. No regresso ao Funchal, inaugurou o Museu de Arte Sacra e visitou o hospital e os sanatórios, seguindo-se uma "Garden Party" oferecida pelo governador civil e depois um jantar no palácio de São Lourenço. No último dia da visita, a 2 de junho, o presidente da República deslocou-se aos miradouros dos Barcelos e da Eira do Serrado, dirigindo-se depois para a Ilha do Porto Santo, tendo ao fim da tarde regressado a Lisboa.
O primeiro automóvel a transitar na Madeira foi um Wolseley de 1904 trazido por Bernard Harvey Foster, turista britânico que se encontrava hospedado no "New Reid's Hotel", juntamente com a sua esposa e filha. O automóvel, utilizado nas deslocações do casal durante a sua estadia, chegou ao Funchal a 21 de janeiro de 1904 e saiu, para Inglaterra, a 24 de maio de 1904.
Gilberto de Mello Freyre passou pela Madeira no dia 15 de dezembro no navio "Pátria", que seguia rumo à África Oriental e Ocidental, a convite do governador civil do Distrito do Funchal, comandante João Inocêncio Camacho de Freitas. Na chegada ao Funchal, Gilberto Freyre foi cumprimentado pelo Dr. Quirino Spencer Salomão, secretário do Governo Civil, servindo de chefe do Distrito, e pelo Dr. Agostinho Cardoso, presidente da Comissão Distrital da União Nacional, bem como pelo Dr. Álvaro do Nascimento Figueira, da Delegação do Turismo da Madeira, e ainda pelos Drs. José dos Reis Perdigão e Manuel Maria Fernandes Alcazar que, na ilha, desempenhavam respetivamente, as funções de cônsul e de vice-cônsul do Brasil. Estiveram também presentes, entre outros, o Eng. Jaime de Azevedo Pereira e o Dr. Celestino Maia, representantes da imprensa. A Delegação de Turismo da Madeira ofereceu um passeio automóvel pelos arredores do Funchal e, ao fim do dia, um jantar no Reid's Hotel, tendo tomado parte o Professor José Rafael Basto Machado, presidente da Delegação de Turismo, e ainda o cônsul e vice-cônsul, assim como o Dr. Agostinho Cardoso, Dr. Álvaro Figueira, Dr. Celestino Maia, Dr. Juvenal Araújo e o Eng. Jaime Pereira. Gilberto Freire seguiu a bordo do "Pátria", que deixou o porto do Funchal pouco depois das 21 horas.
Membro da família real britânica, nasceu a 20 de dezembro de 1902, sendo o quinto filho dos futuros rei Jorge V (1865-1936) e rainha Maria de Teck (1867-1953). A partir de 1929 ocupa postos no Ministério dos Negócios Estrangeiros e no Ministério do Interior. Recebeu o título de duque de Kent a 12 de outubro de 1934 e a 29 de novembro desse mesmo ano casou com a Princesa Marina da Grécia e da Dinamarca (1906-1968), de quem teve três filhos. Faleceu a 25 de agosto de 1942 num acidente aéreo durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Esteve na Madeira por duas vezes, a primeira aconteceu a 23 de janeiro de 1934, onde permaneceu das 7 horas às 13 horas, vindo a bordo do «Carnarvon Castle». Nesse dia visitou o Terreiro da Luta, a Madeira Wine Association e almoçou no Reid’s Palace Hotel. A segunda passagem pelo Funchal ocorreu a 19 de abril de 1934.
A visita à Madeira da princesa Maria Pia de Saboia e do príncipe Alexandre da Jugoslávia ocorreu entre 23 de fevereiro e 9 de março de 1955. Chegaram ao Funchal no hidroavião "Sidney" da Aquila Airways, em viagem de lua de mel, ficando alojados no Reid's Palace Hotel. O desembarque no cais da cidade foi acompanhado por vários fotógrafos regionais e estrangeiros, entre eles Jorge Bettencourt Gomes da Silva que era repórter do atelier Photographia Vicente e correspondente da agência noticiosa Associated Press. Os príncipes partiram no hidroavião "City of Funchal". A princesa Maria Pia de Saboia era filha do ex-rei Humberto de Itália (já falecido), que veio exilado para Portugal vivendo em Cascais. Por esse motivo, o casamento dos príncipes realizou-se em Cascais e de acordos com os jornais da época o altar foi decorado com orquídeas da Madeira.